Árvore do Conhecimento

Árvore do Conhecimento

sábado, 4 de julho de 2015

ERVA GUINÉ (EWÉ OJÚÙSÁJÚ)


QUENTE. 
Nomes Populares: Guiné, Guiné-pipiu, Erva-tipi, Erva-de-alho, Tipi-verdadeiro.
Nomes Científicos: Petiveria alliacea L., Phytolaccaceae – FILOLÁCEAS; Petiveria tetrandra Gomez.
Orixás: Orumilá, Oxossi, Ogum e Exú.
Elementos: Terra/masculino.
Abre caminho, afasta inimigos, tira o mal, alivia “dor de cabeça”, “peso na cabeça”, por sensibilidade mediúnica. Afasta e anula os maus vizinhos. 

Vegetal distribuído na África e na América tropical, encontrado em todo o território nacional. Era conhecido pelos escravos desde a época da colônia, quando costumavam utilizá-lo como "remédio para amansar os senhores de engenho". Segundo Rodrigues (1989:141), "o pó de sua raiz fracionada, provoca superexcitação, insônia e alucinações, após o que sobrevém a indiferença e até a imbecilidade, seguindo-se o amolecimento cerebral, convulsões tetaniformes,paralisia da laringe e em seguida a morte, no prazo de, aproximadamente, um ano, dependendo das doses ingeridas... Verger (1995:41) cita que "foi levada para a Nigéria do Brasil".
Nos candomblés brasileiros empregam-se, com freqüência, as folhas de guiné em banhos e sacudimentos de pessoas e casas; porém, nos terreiros de umbanda entra na composição de "defumadores com a finalidade de afastar eguns e exús negativos e em banhos para lavar a cabeça e as guias dos filhos-de-santo", sendo atribuída a Oxossi e aos caboclos.
Na África, é usada pelos babalaôs do culto de Ifá, para combater feitiços e obter-se o respeito de Iyamí (entidades femininas maléficas); seu nome iorubá é o mesmo pela qual é conhecido no Brasil, e entra em "receita para tratar febre amarela", "receita para tratar dor nos olhos" e "trabalho para ter sorte" Verger (1995:179,219,367).
Em Cuba, essa erva é considerada um éwò (interdito) para os filhos de Oxalá e Iemanjá, e seu uso é proibido nas casas lucumis.
Na medicina popular tem emprego contra dores de cabeça, enxaquecas, nervosismo e falta de memória; todavia, acredita-se que em demasia pode afetar os olhos, inclusive provocando cegueira, pois é considerada tóxica, principalmente as raízes. A tintura obtida dessa planta tem uso externo, em fricções, no combate à paralisia em geral e reumatismo. A raiz é usada contra dor de dente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário