Árvore do Conhecimento

Árvore do Conhecimento

terça-feira, 18 de agosto de 2015

JEQUIRITI (WÉRÉNJÉJÉ)


QUENTE.
Nomes Populares: Arvoeiro, Olho-de-pombo, Tenta-miúdo, Cipó-de-alcaçuz, Tentinho, Assacu-mirim, Carolina-miúda, Tento-da-américa, Piriquiti.
Nomes Científicos: Abrus precatorius L., Leguminosae-Faboideae; Abrus abrus Weight; Abrus maculatus Noronha; Abrus minor Dess.; Abrus panciflorus Dess.; Abrus squamulosos E. Ney
Orixás: Ossaim e Exu
Elementos: Terra/masculino.
Encontrada em áreas tropicais nas Américas, Índia e África, sua origem, todavia, é discutível. No Brasil, ocorre principalmente no Norte, Nordeste e Sudeste.
Folha misteriosa, o jequiriti entra no orò de iniciação de todos os filhos-de-santo, pois existe uma estreita ligação deste vegetal com Exu, sendo esta entidade a primeira a ser cultuada nos rituais de iniciação. “É, no seu papel de princípio dinâmico, de princípio de vida individual e de Òjise ou elemento de comunicação que Èsù Bara está indissoluvelmente ligado à evolução e ao destino de cada indivíduo. Como tal, ele também é Senhor dos Caminhos, Èsù-Òna, e pode abri-los ou fecha-los...” (Santos 1976:169). A utilização do jequiriti, provavelmente como a primeira folha do àgbo, tem por finalidade, através do Bara (Exu pessoal), proporcionar ao iniciado novos e melhores caminhos a partir da feitura do orixá, que representa o nascimento para uma nova vida. Em outras circunstâncias, suas sementes são utilizadas para trabalhos maléficos e, se pisada por alguém, tem a capacidade de gerar brigas e desordens.

Nos centros de umbanda, as sementes do jequiriti são atribuídas a Exu e servem para confeccionar colares, que são usados pelos adeptos, com a finalidade de afastar pessoas negativas e invejosas.
Nas “santerias” cubanas, o jequiriti é conhecido pelos nomes lucumis ewé-réyeye ou iggereyeye. As semente e folhas também entram num “omieró” especifico para iniciados; porém, os pequenos tentos são considerados perigosos, pois provocam brigas e desordens, e com eles se fazem trabalhos maléficos (Cabrera 1992:514).
Na África esta leguminosa é conhecida ainda pelos nomes aládùn, adágbé, makò, méénmésén, méénmésén ìtàkùn, mísínmísìn, ojú eyelé, ojú ológbò, olá-tògégé e pákùn obarìsà, sendo utilizada em trabalhos para preservar a saúde, tais como “receita para acabar com a tosse” e “receita para resolver gravidez de mais de nove meses”, como também em “trabalho para ajudar alguém a ser possuído por Xangô”, “trabalho para persuadir as pessoas” e “proteção contra envenenamento” (Verger 1995:625,165,289,303,347,457)
As sementes do jequiriti são empregadas há muito tempo, no Brasil, no tratamento de doença dos olhos, principalmente conjuntivite grânulos rebelde; todavia, é necessário cautela ao usá-las, devido seu alto teor de abrina, o princípio ativo dessa planta, uma albumina tóxica, que, ingerida, pode provocar a morte. As folhas e raízes, maceradas, são indicadas nos casos de afecções pulmonares, urinárias e do ventre.


Um comentário:

  1. Vou é cultivar esse matinho, vejo uma oportunidade de ganhar dinheiro.kkkkk

    ResponderExcluir