QUENTE.
Nomes Populares: Carrapeta, Jitó, Carrapeta-verdadeira,
Carrapeteira.
Nomes Científicos: Guarea guidonia (L.) Sleumer., Mellaceae;
Guarea trichilloides L.; Guarea aubletil Juss.; Guarea surinamensis Miq.;
Guarea guara Wilson; Trichila guara L.
Orixá: Xangô.
Elementos: Fogo/masculine.
Planta brasileira
que ocorre com frequência do Norte ao Sudeste do Brasil, podendo ser encontrada
na região Sul, Guianas, Antilhas e países da América Central.
Essa árvore
pertence a Xangô, e suas folhas são utilizadas em banhos de iniciação, proteção
e prosperidade. Os galhos são utilizados em sacudimentos.
Os cubanos usam as
folhas dessa árvore, juntamente com milho vermelho, benjoim, casca de ovo e
pedra imã, para preparar um pó de atração que é soprado dentro de casa com a
finalidade de chamar dinheiro. Com um pedaço da casca do tronco, um ovo e vinho
seco dentro de um recipiente, fazem também um sortilégio para que um amante ou pessoa
ausente retorne ao lar. Utilizam, ainda, esse vegetal para rogar a Xangô, em
época de seca, para que chova, ou para que esse orixá fulmine com seus raios um
inimigo. É comum, nas casas-de-santo cubanas, ter na entrada principal esta
árvore plantada, pois acreditam que ela tem o poder de barrar todas as demandas
(Cabrera 1992:554-555).
O ìpèsán é louvado nos cânticos dedicados
a Ossaim, no ritual da sasányìn, como
a árvore que deixou de ter frutos quando as feiticeiras nela pousaram, isto é,
negou os seus frutos aos “pássaros negros”. Assim se explica o fato dela ser
considerada poderosa protetora contra feitiço, pois sobre ela as entidades
maléficas não encontraram abrigo.
Empregada como
fitoterápica, a carrapeta combate febre, tosse, gota, afecções sifilíticas e
conjuntivite; porém, é “considerada abortiva quando empregada em fortes doses”
(Guimarães & Mautone & Rizzini & Mattos filho 1993:53), pois tem
ação direta sobre o útero. Em doses elevadas é tóxica, e coloca em risco a
saúde.
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