QUENTE.
Nomes
Científicos: Genipa americana L., Rubiaceae; Genipa americana Vell.; Genipa
brasiliensis Mart.; Genipa caruto H.B.K.; Genipa rumilis Vell.; Gardenia genipa
Sw.
Orixá: Obaluaiê.
Elementos:
Terra/masculino.
Encontrado na
América tropical, o jenipapeiro é nativo do Brasil e ocorre em áreas florestais
próximas a várzeas e charcos em todo o território nacional.
No òbe-ìfárí (na raspagem de cabeça por
ocasião da iniciação) dos filhos de Obaluaiê, a folha do jenipapeiro é
considerada indispensável, pois ela é uma das principais no orò – fundamentos – deste orixá,
principalmente no àgbo.
O fruto
verde, quando em contato com a pele,
torna-a escura, fato que deu origem a um história do Odu Ojonilé, signo do oráculo de Ifá, muito conhecida nos cultos
jejê-nagôs no Brasil. Este mito relata sobre “um homem que estava prestes a ser
visitado pela morte. Sentindo a aproximação dessa visita, ele foi consultar
Ifá, onde foi aconselhado a fazer um ebó com peixe assado, preá e jenipapos
verdes. O peixe assado e o preá ele tinha que levar como oferenda; porém, os
jenipapos verdes ele deveria usar para passar em todo o corpo, o que lhe deu
uma cor escura. Dias depois, a morte foi visita-lo, mas, quando chegou em sua
casa, não o reconheceu, pois tinha que levar um homem claro e não aquele mulato
que a atendera. Desse modo a morte foi
embora sem o homem que procurava e, durante muito tempo, ele viveu sem
muitos infortúnios.” Na prática, as folhas do jenipapeiro são utilizadas em
rituais para “retirar a mão do pai ou mãe-de-santo falecidos”.
Em Cuba, essa
árvore é atribuída a Iemanjá.
O fruto do
jenipapeiro possui propriedades digestivas, tônicas, diuréticas e afrodisíacas.
A casca do tronco da árvore é empregada na cura de anemias e do ingurgitamento
do fígado, baço e diversas outras moléstias. Seu licor é considerado excelente
digestivo.
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