Árvore do Conhecimento

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domingo, 18 de outubro de 2015

JENIPAPEIRO (BUJÈ)


QUENTE.
Nomes Científicos: Genipa americana L., Rubiaceae; Genipa americana Vell.; Genipa brasiliensis Mart.; Genipa caruto H.B.K.; Genipa rumilis Vell.; Gardenia genipa Sw.
Orixá: Obaluaiê.
Elementos: Terra/masculino.
Encontrado na América tropical, o jenipapeiro é nativo do Brasil e ocorre em áreas florestais próximas a várzeas e charcos em todo o território nacional.
No òbe-ìfárí (na raspagem de cabeça por ocasião da iniciação) dos filhos de Obaluaiê, a folha do jenipapeiro é considerada indispensável, pois ela é uma das principais no orò – fundamentos – deste orixá, principalmente no àgbo.
O fruto verde,  quando em contato com a pele, torna-a escura, fato que deu origem a um história do Odu Ojonilé, signo do oráculo de Ifá, muito conhecida nos cultos jejê-nagôs no Brasil. Este mito relata sobre “um homem que estava prestes a ser visitado pela morte. Sentindo a aproximação dessa visita, ele foi consultar Ifá, onde foi aconselhado a fazer um ebó com peixe assado, preá e jenipapos verdes. O peixe assado e o preá ele tinha que levar como oferenda; porém, os jenipapos verdes ele deveria usar para passar em todo o corpo, o que lhe deu uma cor escura. Dias depois, a morte foi visita-lo, mas, quando chegou em sua casa, não o reconheceu, pois tinha que levar um homem claro e não aquele mulato que a atendera. Desse modo a morte foi  embora sem o homem que procurava e, durante muito tempo, ele viveu sem muitos infortúnios.” Na prática, as folhas do jenipapeiro são utilizadas em rituais para “retirar a mão do pai ou mãe-de-santo falecidos”.
Em Cuba, essa árvore é atribuída a Iemanjá.
O fruto do jenipapeiro possui propriedades digestivas, tônicas, diuréticas e afrodisíacas. A casca do tronco da árvore é empregada na cura de anemias e do ingurgitamento do fígado, baço e diversas outras moléstias. Seu licor é considerado excelente digestivo.


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