QUENTE.
Nomes Populares:
Heliotrópio, Borragem, Borragem-brava, Jacuacanga, Erva-de-São-Flacre, Aguaraá,
Tiriri.
Nomes
Científicos: Heliotropium indicum L., Borraginaceae, Heliotropium cordifolium
Moench, Heliotropium horminifolium Mill., heliotropium foetidum Salisb.,
Heliotropium indicum D.C.
Orixá: Xangô.
Elementos:
Fogo/masculino.
Originária da
Ásia, a crista-de-galo é uma planta que ocorre na África e nas Américas; no
Brasil, ela medra praticamente em todas as regiões.
Nos candomblés,
em algumas casas, esta erva é utilizada para Oxossi, tendo ainda quem a use
para Obaluaiê. Todavia, segundo informações colhidas em terreiros tradicionais
da Bahia e do Rio de janeiro, esta planta, conhecida em Salvador pelo nome
popular de bico-de-papagaio, pertence a Xangô. Suas folhas entram no oró
(ritual de iniciação), no agbó e em banhos purificatórios dos iniciados. É
ainda utilizada para preparar um caruru que é oferecido a Xangô.
Segundo Verger
(1992:50/52), este vegetal, que na África é conhecido pelos nomes àgógo igún,
ògún, ogbe àkùko, àkùko dúdú, àkùko funfun (Verger 1995:677), é citado nos
mitos de Ifá e foi usado por Orumilá, juntamente com outras folhas, para acalmar
a cólera das ìyámi contra a humanidade.
Em Cuba, a
crista-de-galo é consagrada a Obatalá, e atribuem-lhe o nome lucumi aguéyí
(Cabrera 1992:298). Todavia, Alguns “santeiros” atribuem este vegetal também a
Oxum, sendo usado em banhos.
Na fitoterapia, é
utilizada em gargarejos para combater aftas, ulcerações na garganta e faringe.